segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Entrevista com...RAO GODINHO

Conheci o trabalho fotográfico de Rao Godinho, através da exposição Humanamazônia, realizada em novembro de 2018, na Livraria Sá Costa, Lisboa. No qual retrata as peculiaridades da vida dos povos ribeirinhos da Amazônia. Fiz uma viagem nas imagens, pesquisei sobre ele, conversamos e conversamos, queria saber mas sobre o fotógrafo, foi daí que o convidei para estrear o novo canal de entrevista do FBP. Boa leitura!


Apresente-se e apresente o teu trabalho. Fala um pouco de como começou na fotografia, que tipo de trabalho gostas mas de fazer?



Sou brasileiro de Belém do Pará, na Amazônia, norte do país. Meu começo com a fotografia foi meio por acaso, mudei-me para o interior de São Paulo e lá perguntavam sempre como era Belém, então decidi tentar olhar a cidade com mais calma para registrar momentos e locais que a melhor caracterizassem. Depois de formado, fui para Manaus (a outra grande metrópole amazônica) e lá me envolvi diretamente com a malta da fotografia, comprei a primeira câmera, fiz o primeiro curso e daí por diante. Já ganhei alguns prêmios no Brasil e um em Nova York, tenho exposições em 3 estados de 3 regiões diferentes do Brasil (Pará – Norte, Rio de Janeiro – Sudeste e Santa Catarina – Sul) e duas em Lisboa. Também sou fotógrafo parceiro da rede Slow Food Interncional, vinculado ao Instituto Iacitatá.
O trabalho que mais gosto de fazer é fotografar concertos de rock. Além de gostar da música, as fotos sempre ficam incríveis por conta do visual da banda, das luzes coloridas, cabelos voando, músicos saltando, tudo tem uma energia ótima para a fotografia.

Qual a tua profissão? Aquela que pagas as contas mensais?

Hoje vivo da fotografia. Trabalho com fineart nas minhas exposições em galerias, além de decoração, ensaios e shows.



Como é ser fotógrafo brasileiro em Portugal? Foi fácil o processo profissional de migração?

A dificuldade de ser fotógrafo é a mesma em qualquer lugar, a mesma para qualquer tipo de artista. O processo de migração foi tranquilo pois vim ao país para fazer mestrado, então entrei como estudante

Qual o comparativo que fazes do mercado fotográfico Brasileiro para o Português?

Pelo que percebi, está tão saturado quanto o brasileiro, tanto que tive poucos clientes em Portugal. O trabalho com venda de quadros para decoração no Brasil ainda me dá muito mais jeito, mas espero muito que consiga em breve ter o mesmo sucesso em Portugal.



Como foi levar as imagens de Belém-Pará, Brasil, para o coração turístico de Lisboa? Trouxe te, que resultados e perspectivas a exposição?

Foi ótimo, a curiosidade do europeu em relação à Amazônia, por incrível que pareça, é muito maior que a dos próprios brasileiros. As perguntas sobre as fotos eram as mais variadas e, de propósito, coloquei imagens que mostram o casario herdado dos portugueses. Alguns chegaram até a perguntar se aquelas fotos não eram em algum interior de Portugal. A exposição me deu uma boa visibilidade, a chancela da embaixada é algo que também deu um peso a mais ao currículo, fiz bons contatos, além de gerar muitos sorrisos àqueles que viram as fotos. Agora é só aguardar os próximos convites para expor.


Tens uma receita para dar aos fotógrafos que estão a chegar em terras Lusitanas?

Acredito que não exista uma receita pronta na arte. Mas foco, dedicação e trabalho sempre foram a base do sucesso. Não adianta pensar que só porque alguém tem fotos incríveis, será procurado por todos. Todos temos que nos promover, divulgar, ir às galerias, usar todos os recursos possíveis das redes sociais, tentar fazer contatos no ramo e batalhar nosso espaço.

O que é fotografia para sí?

 
É o registro da vida a partir da sintonia entre olhos e coração. Um trabalho que não se percebe trabalho, dado o amor que tenho pela fotografia e, mais ainda, por poder proporcionar fortes emoções àqueles que veem minhas fotos. Ver pessoas chorando de felicidade e nostalgia ao se lembrarem da infância, das origens, dos afetos, as clientes dizendo “nunca imaginei que eu fosse assim tão linda” depois dos ensaios, os rockeiros revivendo nas imagens os grandes momentos que tiveram nos palcos... Fotografia é a emoção e o afeto guardados em uma imagem.

Rao Godinho Fotografia
TM:+351 913 069 876

Instagram e Twitter: @raogodinho





domingo, 20 de janeiro de 2019

Entre textos e fotografias



Lisboa, 20 de novembro de 2018, o projeto Fotógrafos Brasileiros em Portugal(FBP) é plantado...semeado...fundado, com objetivos de dar continuação em terras lusitanas, da paixão e projetos da fotógrafa Nazaré Araújo(leia se informações na publicação anterior), essa mesmo que vos escreve, e que será a redatora do blog FBP.

Quando digo e escrevo "projetos da fotógrafa Nazaré Araújo", é modo de descrever, pois os projetos de articulações fotográficas sempre foram coletivos, o proposito é agregar e difundir a fotografia além continente, Brasil&Portugal ou Portugal&Brasil, são muitas ideas. Através do FBP, queremos trazer trabalhos fotográficos do Brasil, para além continente, e mostra que temos um país com uma diversidade cultural e fotográfica fantástica!

O Blog FBP, será a ferramenta para entrevistas, ouvir histórias e experiências de fotógrafos Brasileiros em Portugal, já são muitos...milhares? Vamos descobrir! Caçar esses brasileiros que estão a exportar suas personalidades, técnicas e imagens por cá. Porém não falaremos apenas dos fotógrafos brasileiros, queremos conhecer trabalho dos portugueses e com eles aprender(porque cada dia é um aprendizado) a fotografia é universal, mas tem linguagens e signos diversos.

É isso, vamos empurrar o banco além mar, e quando estamos no barco temos que navegar, rios...mares...oceanos!

Abraços fotográficos

Nazaré Araújo
FBP - Fotógrafos Brasileiros em Portugal

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Quem és tu Nazaré Araújo



Foto: Pedro Garcia

Nasceu em Eirunepé, Amazonas(Brasil), por 20 anos residiu na Bahia na cidade de Lauro de Freitas. Formada em Comunicação Social, pela Faculdades Integradas Ipitanga- Unibahia, na conclusão do curso, realizou um estudo e pesquisa sobre uma das maiores feiras livres de Salvador, a feira de São Joaquim com o titulo “Feira de São Joaquim: De um lado a fama, do outro o abandono” em 2007, o qual retratou fotograficamente a feira com suas belezas, mazelas e histórias. Em 2015 concluiu a pós-graduação em fotografia, pela Universidade de Araraquara(São Paulo) – Uniara, com o trabalho, “Um Estudo do Nego Fugido: Uma resistência secular”, no qual fotografou e pesquisou a história da maior manifestação popular de rua do Recôncavo da Bahia. O Nego Fugido, localizado no distrito de Acupe em Santo Amaro, Bahia -Brasil.

Trabalhou como fotógrafa no Departamento de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas; Reportér Fotográfica na Secretaria de Meio Ambiente; Revista Bahia Norte; Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário; Jornalista responsável pelo informativo “Fala Santo Amaro”, Conselheira de Cultura de Lauro de Freitas, biênio 2015/2017; Instrutora de fotografia em projetos sociais e ambientais da empresa Idetec/CEF/Embasa.

Desde 2005, participa e atua em articulação fotográfica através de fotoclube, foi diretora do Salvador Foto Clube(Salvador, Bahia), fundadora e  Presidente do Ipitanga Foto Clube, clube de fotografia de Lauro de Freitas(Bahia) e articuladora do Projeto Fotroca Bahia, promovendo eventos fotográficos e exposições coletivas em Salvador e Região Metropolitana.

Exposição individual: “Maragojipe, Carnaval de Máscaras, Cores e Alegria”, março/2016 na cidade de Maragojipe, resultado de um trabalho documental de 7 anos, do carnaval mais veneziano da Bahia.

Exposições coletivas de fotografias: “Acervo uma Mistura de Experiências”, 2016. Cidade do Saber. Camaçari, Bahia; Memórias de Carnaval, 2016. Museu da Imigração. São Paulo, SP; “4ª Mostra Fotográfica de Camaçari”, 2015. Cidade do Saber. Camaçari, Bahia; Uma Foto para Vinicius de Moraes”, 2013. Palacete das Artes. Salvador, Bahia; “Exposição Coletiva Natureza que Aflora II”, 2013. Parque Zoobotânico de Salvador. Salvador, Bahia; Uma Foto para Luiz Gonzaga”, 2012. Shopping Itaigara. Salvador, Bahia.Em cada olhar uma revelação”, 2010. Salvador Shopping. Salvador, Bahia.

Júri Técnico do Concurso Cultural Fotografe Camaçari (BA) em 2017; Júri Técnico do 6º Salão de Arte Fotográfica de São Caetano do Sul (SP) em 2016; Curadora do Concurso Fotográfico Universo Singular e Plural (Camaçari) em 2015; Júri Técnico do 5º Salão de Arte Fotográfica de São Caetano do Sul (SP) em 2015.

Palestrante no lançamento do Concurso Cultural Fotografe Camaçari, 2017. Teatro Alberto Martins. Camaçari, Bahia; Palestrante no bate-papo Fotografia e Mercado de Trabalho em Jornalismo. 2017. Faculdade Estácio, Salvador, Bahia; Palestrante no Ver Fotos & Ouvir Histórias, 2016. Cidade do Saber. Camaçari, Bahia; Palestrante na Feira Cultural e Plural, 2015, Vitória da Conquista, Bahia

Estudou e pesquisou políticas culturais através de cursos; Curso de Formação e Qualificação em Política e Gestão do Patrimônio Cultural, Fundação Gregório de Matos; Curso de Extensão em Políticas Culturais II, CULT/UFBA; Curso EAD Empreendimentos Econômicos Solidários, UFMG; Curso de Cultura e Gestão Cultural, Secretaria​s Estadua​is de Cultura​; Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro e Ministério da Cultura.

Em 2018, muda para Lisboa, Portugal. Atualmente observa o mercado fotográfico portugues, é fundadora da comunidade Fotógrafos Brasileiros em Portugal, com objetivos de construir um paralelo fotográfico entre Brasil e Portugal.

Mas sobre Nazaré Araújo
@nazaraujo